Roteiro prático para sair das dívidas: Plano inicial

Aprenda a organizar e negociar dívidas com matriz de priorização, exemplos de contato, planilha simples e sinais de golpe. Roteiro prático e empático.

Termos explicados sem juridiquês (para conversar de igual para igual)

  • Principal (ou saldo devedor): valor efetivo que você ainda deve sem contar juros e multas do período mais recente.
  • Juros: custo de usar o dinheiro por tempo; quando são compostos, cada período calcula juros sobre juros, acelerando a dívida se você paga pouco.
  • CET (Custo Efetivo Total): taxa que consolida juros + tarifas + seguros embutidos; olhar apenas “taxa de juros” engana, porque o CET mostra o custo real.
  • Mora (atraso): conjunto de multa (normalmente percentual fixo sobre o valor vencido) + juros de mora (por dia de atraso).
  • Acordo: combinação em que o credor concede desconto ou alonga prazo em troca de pagamento à vista ou parcelado sob novas condições.
  • Quitação: pagamento que encerra a dívida, exigindo sempre comprovante formal e atualização em sistemas de cadastro.
  • Renegociação (ou repactuação): quando a dívida é “refeita” com novo contrato; pode reduzir parcela, mas às vezes aumenta custo total se o prazo alonga muito.
  • Refinanciamento: contratação de novo crédito para pagar o antigo; só faz sentido quando a taxa total cai e o novo contrato é mais transparente.
  • Novação: termo jurídico para quando o novo acordo substitui o anterior; peça documento claro com “valor de quitação” e “condições finais”.
  • Garantia: bem dado como segurança (carro, imóvel, equipamento); quando existe, a urgência aumenta porque há risco de perder esse bem.

Roteiro prático para sair das dívidas

Passo a passo geral para organizar e negociar dívidas (sem perfeccionismo e com realismo)

1) Parar de cavar o buraco enquanto sobe a escada

  • Congele gastos no crédito rotativo e cheque especial, desativando temporariamente o uso que te joga de volta ao ciclo.
  • Segregue contas essenciais do mês (aluguel, energia, água, transporte para trabalho, alimentação básica) das dívidas antigas; misturar as duas paralisa decisões.

2) Juntar informação antes de ligar para alguém

  • Separe extratos, contratos, e-mails e mensagens; tire prints de valores cobrados, datas e protocolos.
  • Liste cada credor: banco A (cartão), banco B (empréstimo), loja X (carnê), condomínio, serviço público, impostos, amigos/família.

3) Preencher a planilha base (modelo textual abaixo)

  • Colunas mínimas: Credor | Tipo | Saldo atual | Taxa/CET | Parcela | Vencido (dias) | Fase (interna/cobrança/protesto/judicial) | Garantia (sim/não) | Risco de corte/perda | Contato | Último pagamento | Observações.
  • Fórmulas úteis:
    • Juros estimados do mês: =SaldoAtual * (TaxaMensal)
    • Projeção simples de parcelas (simulação): use =PGTO(TaxaMensal; NúmeroDeMeses; -SaldoNegociado) para ver a prestação aproximada.
    • Sinalizador de atraso: formatação condicional quando Vencido > 30.

4) Estimar a renda disponível para acordos (sem castelos de areia)

  • Monte um mini-orçamento só de essenciais; a sobra é o balde de negociação.
  • Se não sobrar nada, defina cortes temporários pontuais (assinaturas, delivery, transporte por aplicativo) para criar espaço de 5–15% da renda.

5) Aplicar a matriz de priorização (a bússola que evita apagar incêndio errado)

  • Detalhe completo a seguir.

6) Construir a ordem de ação da semana

  • Com a matriz pronta, ligue apenas para os três primeiros da fila; tentar negociar tudo no mesmo dia consome energia e confunde.

7) Negociar com roteiro e registro

  • Use os scripts desta página, peça por escrito antes de pagar, confirme datas e valores, e salve e-mails e protocolos.

8) Fechar acordos que cabem no mês (e não o contrário)

  • Prefira quitação à vista com desconto quando possível, começando pelas dívidas de juros altíssimos; se parcelar, teste a parcela na planilha antes de aceitar.

9) Executar, registrar e acompanhar

  • Marque na planilha “Acordo fechado”, anexe o comprovante, programe lembrete de vencimento e monitore a execução semanalmente por 20 minutos.

10) Revisar a cada 30 dias

  • Ajuste metas, reordene prioridades, reabra conversas quando necessário e não se culpe por ter de recalibrar; rotina vence força de vontade.

Matriz de priorização: decida o que atacar primeiro com base em custo e urgência

Em vez de escolher pelo “que grita mais alto”, use uma classificação numérica rápida que combina Custo (juros/CET) e Urgência (risco real de dano imediato).

Como pontuar cada dívida

  1. Custo (0 a 5) — use CET ou uma aproximação pela natureza do crédito:
    • 0: sem juros (acordo escrito, saldo já final).
    • 1: juros muito baixos (parcelamento público, multa fixa pequena).
    • 2: empréstimo consignado barato, financiamento estável.
    • 3: empréstimo pessoal padrão, crediário de loja.
    • 4: cheque especial utilizado, “parcelado” de cartão com CET alto.
    • 5: rotativo de cartão, atraso de cartão, dívidas com juros diários agressivos.
  2. Urgência (0 a 5) — risco de corte/perda/prejuízo legal:
    • 0: sem atraso e sem risco.
    • 1: atraso inicial, sem impacto imediato.
    • 2: cobrança interna, avisos frequentes.
    • 3: cobrança externa, protesto iminente, restrição de cadastro.
    • 4: serviço essencial ameaçado (energia/água/aluguel/condomínio), imposto que pode virar multa pesada.
    • 5: garantia envolvida (carro/imóvel/equipamento de trabalho), ação judicial em curso, risco alto de perda do bem.
  3. Nota de prioridade
    • Prioridade = (0,6 × Urgência) + (0,4 × Custo)
    • Em caso de empate, vence quem tiver parcela menor para gerar “vitória rápida” ou quem trouxer maior desconto à vista confirmado por escrito.

Exemplos práticos (valores ilustrativos)

Credor/Tipo Saldo Custo (0–5) Urgência (0–5) Prioridade
Cartão Banco X (atrasado) 3.200 5 3 4,2
Energia (2 faturas) 420 2 4 3,2
Aluguel (1 mês) 1.200 1 5 3,6
Empréstimo pessoal Loja Y 1.800 3 2 2,6
Financiamento do carro (em dia) 2 1 1,6
Cheque especial (usado) 900 4 3 3,6

Ordem sugerida:

  1. Aluguel e Energia (serviços essenciais, risco social e de custo extra).
  2. Cartão atrasado (juros compostos elevadíssimos).
  3. Cheque especial (caríssimo e engana pela facilidade).
  4. Empréstimo pessoal (negociar taxa/alongar).
  5. Financiamento em dia (manter assim; renegociar só se aliviar sem elevar custo total).

Roteiro prático para sair das dívidas

Roteiro de negociação: frases úteis, tom respeitoso e registro de tudo

Antes de ligar, deixe a planilha aberta, uma caneta ao lado e uma meta clara na cabeça (ex.: “preciso de 70% de desconto para quitação à vista ou parcela de até R$ 180/mês por 12 meses”).

Script base para cobrança interna (banco/loja)

  1. Abertura
    “Olá, meu nome é ___, CPF ___, falo sobre a dívida referente a ___; estou organizando minhas contas e quero regularizar com responsabilidade.”
  2. Pedido de memória da dívida
    “Para decidir com segurança, preciso do saldo atualizado, do CET atual, de juros e multas de atraso e das opções de acordo (à vista e parcelado), por favor.”
  3. Condição favorável à vista
    “Tenho condição de pagar à vista se houver desconto real sobre juros e encargos, ficando por até R$ ___ hoje; vocês conseguem formalizar esse valor com boleto ou chave oficial, com validade até //__?”
  4. Plano parcelado (se à vista não couber)
    “Se não for possível à vista, eu consigo R$ ___ por mês; preciso de parcelas fixas e remissão de parte dos encargos para caber no orçamento; qual proposta escrita vocês autorizam?”
  5. Fechamento e documentação
    “Antes do pagamento, peço comprovante do acordo constando valor total, número de parcelas, vencimentos, CET e o termo de quitação ao final; pode enviar por e-mail cadastrado ou pelo app?”
  6. Registro
    “Anotei o protocolo, o nome e a proposta; agradeço o atendimento.”

Script base para cobrança terceirizada (assessoria)

  • Confirmação de legitimidade
    “Para minha segurança, confirmo: qual é a razão social da assessoria, o CNPJ, e qual é o vínculo com o credor? Podem enviar o comprovante de cessão ou de mandato?”
  • Canal oficial
    “Só prossigo pelo canal oficial do credor (app/site/chat/telefones do cartão); evito combinações por mensageiros sem validação.”
  • Mesma lógica de proposta
    Repita o pedido de memória da dívida e as condições para à vista ou parcelado, exigindo comprovantes e boletos em nome do credor ou plataforma oficial.

Script para serviço essencial (energia/água/condomínio/aluguel)

  • “Tenho intenção real de regularizar e preciso evitar corte/multa; proponho entrada de R$ ___ hoje e parcelamento em ___ vezes de R$ ___; peço acordo escrito e manutenção do serviço regular durante a execução, por favor.”

Script para amigos/família (dívida sensível)

  • “Quero honrar o que combinamos; proponho calendário com datas e valores realistas, e me comprometo a avisar com antecedência se algo fugir do previsto; assim que quitar, entrego recibo assinado.”

Planilha mínima para comandar o processo (com colunas e fórmulas)

Aba 1 — Dívidas

| A: Credor | B: Tipo | C: Saldo atual | D: Taxa mensal | E: CET | F: Vencido (dias) | G: Fase | H: Garantia | I: Risco serviço | J: Prioridade | K: Proposta à vista | L: Proposta parcelada | M: Status | N: Contatos/Protocolos |

  • Prioridade (J): =0,6*Urgência + 0,4*Custo (insira números de 0 a 5 nas colunas auxiliares de Custo e Urgência).
  • Simulação de parcela (L): =PGTO(D; Meses; -C) quando houver proposta de “novo saldo”.

Aba 2 — Orçamento Essencial

Categoria Valor Mensal Observações
Moradia
Energia/Água/Gás
Alimentação básica
Transporte essencial
Saúde (plano/remédios)
Comunicação (internet/telefone essencial)
Sobra para acordos =Renda – Soma dos essenciais

Aba 3 — Acordos

Credor Tipo Modalidade Valor total Entrada Nº parcelas Parcela 1º vencimento CET acordo Comprovante Observações

Estratégias de quitação: escolha a que te mantém andando

  • Avalanche (matemática): direciona sobras para a dívida de maior custo (juros/CET) primeiro; reduz o total pago no longo prazo.
  • Snowball (motivacional): prioriza menores saldos para acumular vitórias rápidas e liberar fôlego psicológico; útil quando a ansiedade é alta.
  • Matriz Mista (recomendada aqui): respeita a urgência (risco de corte/perda) e, em seguida, usa avalanche entre as restantes; quando houver empate, use snowball para destravar.

Exemplos de contato por e-mail/chat (para copiar e adaptar)

Assunto: Proposta de regularização – CPF ___ – Contrato ___

“Olá, equipe ___,

Estou organizando minhas finanças e desejo regularizar a pendência referente ao contrato ___. Solicito, por gentileza:

  1. Memória de cálculo com saldo atualizado, CET, juros e encargos.
  2. Opções de acordo (à vista e parcelado) com valores finais, prazos e CET do novo contrato.
  3. Comprovante formal do acordo antes do pagamento, com datas de vencimento e direito de quitação ao final.

Tenho disponibilidade de R$ ___ à vista ou R$ ___ mensais por até __ meses.

Agradeço o retorno por este canal.

Atenciosamente,
Nome — CPF — Telefone”


Sinais de golpe a evitar (checklist rápido para não cair em armadilhas)

  • Promessas irreais: “zeramos 90% da dívida em 24h”, “limpamos nome sem pagar”, “quitação sem registro”; desconfie de linguagem miraculosa.
  • Cobrança de taxa antecipada: pedido de depósito/PIX para “liberar desconto”, “sinalizar acordo” ou “acelerar cartório”; não pague antes do documento oficial.
  • Canal não verificado: mensagens por aplicativos com telefones estranhos, e-mails genéricos e links encurtados; confirme no app oficial do credor.
  • Boleto com dados divergentes: favorecido diferente do credor, CNPJ incoerente, texto mal escrito; confira linha digitável e dados do recebedor.
  • Pedido de senhas/códigos: nenhum atendente precisa de senha, token, código de SMS ou foto do cartão; recuse, encerre contato e reporte.
  • “Empréstimo para quitar dívida com cashback”: armadilha que empilha contratos e aumenta o saldo total; sem planilha e taxa menor comprovada, não aceite.
  • Procuração sem leitura: propostas de “assessoria” pedindo procuração ampla sem transparência; se decidir contratar alguém, use contrato claro, honorários objetivos e direito de cancelamento.

Roteiro prático para sair das dívidas

Erros comuns que atrasam a saída (e como evitar com serenidade)

  • Negociar sem saber quanto pode pagar: defina o balde mensal antes da ligação e não ultrapasse.
  • Aceitar parcelas só porque “baixaram”: cheque se a soma das parcelas + essenciais cabe no mês sem usar crédito caro.
  • Alongar prazo com CET pior: às vezes a parcela fica menor, mas o custo total explode; compare o CET sempre.
  • Pagar sem documento: exija comprovante de acordo por escrito antes de transferir.
  • Ignorar serviços essenciais: evitar corte costuma ser prioridade absoluta; resolva esses primeiro.
  • Fugir do assunto: uma conversa difícil hoje poupa semanas de ansiedade; use os scripts e vá.

Rotina de 30–90 dias: plano enxuto para ganhar tração

Primeiros 7 dias — Respiração e mapa

  1. Congele novos usos de crédito caro.
  2. Liste todas as dívidas na planilha e pontue custo e urgência.
  3. Montei o orçamento essencial e calculei a sobra para acordos.
  4. Escolhi os três primeiros alvos e preparei scripts e metas.

Dias 8–15 — Primeiras negociações

  1. Liguei para credor 1 (serviço essencial) e fechei acordo formal.
  2. Negociei credor 2 (cartão/cheque especial) priorizando à vista com desconto.
  3. Acionei credor 3 com proposta de parcela que cabe e pedi CET do novo contrato.

Dias 16–30 — Execução e ajustes

  1. Paguei a primeira parcela/entrada e salvei comprovantes.
  2. Ajustei o orçamento cortando pequenos vazamentos (assinaturas esquecidas, taxas evitáveis).
  3. Reordenei a matriz conforme respostas e agendei as próximas ligações.

Dias 31–60 — Consolidação

  1. Avaliei novas propostas que surgiram e comparei CET com calma.
  2. Mantive a rotina de 20 minutos semanais para conciliar planilha e extratos.
  3. Evitei novas compras no crédito, mantendo foco nos acordos firmados.

Dias 61–90 — Expansão controlada

  1. Negociei as dívidas de prioridade média, perseguindo quitação quando possível.
  2. Criei um mini fundo de emergência (R$ 500–1.000) para não voltar ao crédito caro.
  3. Revisei metas, comemorei vitórias e planejei a próxima etapa.

Exemplos de respostas a objeções (para manter o rumo)

  • “A parcela mínima é R$ 350.”
    “Meu orçamento permite R$ 220 com CET descrito; se não houver composição possível, prefiro aguardar outra campanha e manter o contato aberto.”
  • “Só à vista com 40% de desconto.”
    “Consigo R$ 1.200 hoje se o desconto for 65% e o documento vier por escrito; caso contrário, avalio parcelado de 12× até R$ 150.”
  • “O boleto vence hoje às 18h.”
    “Preciso do documento com antecedência razoável; se não der, reemitam para amanhã com mesmas condições, por favor.”

Manutenção depois do acordo: três hábitos que evitam recaída

  • Agenda visível: salve todos os vencimentos com lembrete no celular dois dias antes.
  • Revisão mensal de CET: a cada acordo novo, preencha a coluna e compare custo total; se piorar, reabra a conversa.
  • Mini-reserva automática: assim que fechar as dívidas de maior urgência, direcione um valor fixo mensal para um colchão de imprevistos, protegendo o progresso.

Sinais de progresso (para medir sem ansiedade)

  • Quantidade de dívidas ativas caindo mês a mês.
  • Economia em juros mensais visível na planilha.
  • Acordos cumpridos sem atraso por 90 dias.
  • Redução de ligações de cobrança após formalizar arranjos.
  • Sensação de controle maior, com decisões baseadas em número, não em sentimento.

FAQ — perguntas rápidas e respostas diretas

Q: Devo priorizar sempre o maior juro?
A: Quase sempre sim, porém serviços essenciais e garantias vêm antes; depois de evitar corte/perda, ataque o maior custo.

Q: Refinanciar tudo em um empréstimo só resolve?
A: Só quando CET total cai e a parcela cabe com folga; caso contrário, vira troca de rótulo que alonga e encarece.

Q: Pagar “acordo relâmpago” por mensageiro é seguro?
A: Sem documento oficial e canal verificado, não; valide no app/site do credor.

Q: E se eu não conseguir honrar uma parcela do acordo?
A: Avise antes, peça prorrogação formal e reorganize a fila; silêncio costuma anular condições.

Q: Posso negociar imposto/condomínio?
A: Em muitos casos há parcelamento; priorize para evitar multas e ações que complicam.


Checklist-resumo (para imprimir e colar na capa da planilha)

  • Congelei crédito caro e separei essenciais de dívidas antigas.
  • Listei todas as dívidas com saldo, taxa/CET, fase, garantia e risco.
  • Calculei a sobra mensal para acordos.
  • Preenchi a matriz (Custo 0–5, Urgência 0–5, Prioridade).
  • Escolhi 3 alvos da semana e preparei scripts.
  • Negociei com proposta (à vista ou parcelado que cabe) e exigi documento.
  • Registrei protocolos e salvei comprovantes.
  • Ajustei o orçamento e programei lembretes de vencimento.
  • Reservei 20 minutos semanais para revisar.
  • Iniciei mini-reserva para não voltar ao crédito caro.

Sair das dívidas é processo

Sair do aperto financeiro começa quando você olha de frente para os números, sem culpas e sem dramatização, e continua quando transforma essa visão em ordem de ação que respeita o que é urgente, corta o que é mais caro e negocia o que precisa caber no mês; ao adotar a matriz de priorização, usar scripts de contato que pedem informações certas, montar uma planilha enxuta e vigiar sinais de golpe, você minimiza erros caros e maximiza as chances de acordos sustentáveis, que sobrevivem ao terceiro ou quarto boleto sem implodir o resto do orçamento.

À medida que as primeiras dívidas caem e o silêncio do telefone volta a existir, um ciclo de disciplina leve se estabelece — com lembretes de vencimento, pequenas reservas de segurança e revisões mensais —, e, quando um mês ruim aparecer (porque ele sempre aparece), você terá um roteiro para reagir sem pânico, renegociando com antecedência, reorganizando a fila e protegendo os essenciais; sem prometer milagres, este guia entrega as ferramentas básicas para reconquistar o controle, que é o verdadeiro antídoto contra a ansiedade financeira.